sábado, 28 de abril de 2018

1954: PRODUÇÕES HISTÓRICAS


ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª ESP. KARLA O. ARMANI, EM MAIO DE 2015, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" 

            Há duas semanas, estamos nos dedicando a escrever resumidamente sobre história local, mais especificamente sobre a “escrita da história” de Barretos, na fase da segunda metade do século XX. Continuando esta breve apresentação, depois de falarmos das notas históricas em reportagens nos jornais até os anos 1940, chegamos à “moderna” década de 1950, em que Barretos ganhou duas publicações a respeito de sua história. Ambas, escritas com a intenção de comemorar o primeiro centenário da cidade, “Barretos de Outrora” e o “Álbum Comemorativo do 1º Centenário da Fundação de Barretos” foram publicados naquele ano de grandes recordações; era 1954.
            De autoria de Osório Faleiros da Rocha, a obra “Barretos de Outrora” foi produzida a pedido da “Comissão dos Festejos Comemorativos do 1º Centenário de Barretos” da Câmara Municipal. O autor, que viveu em Barretos há várias décadas, além de possuir memórias próprias sobre o início do século XX na cidade, reunia diversos materiais e documentos antigos e já publicava notas sobre a Barretos dos tempos passados. Assim, seu livro destacava suas próprias memórias, suas análises e conclusões a respeito das famílias Barreto e Marques, aspectos da urbanização, notas sobre instituições e casas, e ricos depoimentos dos moradores mais antigos.
            No mesmo ano, o “Álbum Comemorativo do 1º Centenário da Fundação de Barretos” foi escrito pelos intelectuais Ruy Menezes e José Tedesco. Ambos, além de escreverem narrativas sobre a chegada das famílias pioneiras, convidaram outros escritores a relatar sobre assuntos específicos (como religião, educação, saúde, pecuária, etc), e ainda apresentaram aspectos e dados de Barretos do presente. Vê-se no álbum uma verdadeira intenção de demonstrar a história e cultura da cidade que comemorava seus cem primeiros anos, e ao mesmo tempo, a urbes “modernizada” que estava se tornando.
            Enfim, fechamos as produções históricas da segunda metade do século XX com essas obras que até os tempos de hoje são fontes históricas fundamentais, tanto para consulta quanto para análise de qualquer historiador. Apreciemo-las.

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