ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª ESP. KARLA O. ARMANI, EM MAIO DE 2015, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS"
Há duas semanas, estamos nos dedicando a escrever
resumidamente sobre história local, mais especificamente sobre a “escrita da
história” de Barretos, na fase da segunda metade do século XX. Continuando esta
breve apresentação, depois de falarmos das notas históricas em reportagens nos
jornais até os anos 1940, chegamos à “moderna” década de 1950, em que Barretos
ganhou duas publicações a respeito de sua história. Ambas, escritas com a
intenção de comemorar o primeiro centenário da cidade, “Barretos de Outrora” e
o “Álbum Comemorativo do 1º Centenário da Fundação de Barretos” foram
publicados naquele ano de grandes recordações; era 1954.
De autoria de Osório Faleiros da Rocha, a obra “Barretos
de Outrora” foi produzida a pedido da “Comissão dos Festejos Comemorativos do
1º Centenário de Barretos” da Câmara Municipal. O autor, que viveu em Barretos
há várias décadas, além de possuir memórias próprias sobre o início do século
XX na cidade, reunia diversos materiais e documentos antigos e já publicava
notas sobre a Barretos dos tempos passados. Assim, seu livro destacava suas
próprias memórias, suas análises e conclusões a respeito das famílias Barreto e
Marques, aspectos da urbanização, notas sobre instituições e casas, e ricos
depoimentos dos moradores mais antigos.
No mesmo ano, o “Álbum Comemorativo do 1º Centenário da
Fundação de Barretos” foi escrito pelos intelectuais Ruy Menezes e José
Tedesco. Ambos, além de escreverem narrativas sobre a chegada das famílias
pioneiras, convidaram outros escritores a relatar sobre assuntos específicos
(como religião, educação, saúde, pecuária, etc), e ainda apresentaram aspectos
e dados de Barretos do presente. Vê-se no álbum uma verdadeira intenção de
demonstrar a história e cultura da cidade que comemorava seus cem primeiros anos,
e ao mesmo tempo, a urbes
“modernizada” que estava se tornando.
Enfim, fechamos as produções históricas da segunda metade
do século XX com essas obras que até os tempos de hoje são fontes históricas
fundamentais, tanto para consulta quanto para análise de qualquer historiador.
Apreciemo-las.
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