ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª ESP. KARLA O. ARMANI, EM MARÇO DE 2013, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS"
São diversas as estratégias que um
professor de História têm para atrair os alunos a se interessarem pelo estudo
do passado. Vale tudo para chamar à atenção da “garotada” de hoje, que mais se
identifica com telas de computador, redes sociais e jogos na internet; do que
com os livros didáticos que remetem ao tempo pretérito. De uma aula
teatralizada até um jogo eletrônico, o professor de História tenta juntar o
presente “virtual” com o passado que precisa ser ensinado aos alunos.
A maioria dos livros de orientação
pedagógica ao professor de História sempre levantam a “bandeira” de que o
aprendizado tem sempre de partir da “realidade social do aluno”. E isso, por
mais clichê que possa ter ficado, é a mais pura verdade. Isto porque a aula de
História fica mais interessante quando o professor consegue relacionar aquilo
que está contido no livro didático com a realidade do aluno, ou seja, a sua
própria cidade. Isso é o que chamamos de “História Local”.
A história local é aquilo que não está no
livro-didático, mas que chama a atenção dos alunos por dois motivos principais:
o primeiro por tratar de lugares e personagens que já fazem parte do imaginário
do aluno (seja pelo nome de ruas, praças, escolas ou por conhecimento da
própria família), e o segundo por ser composta por fontes escritas e imagéticas
guardadas nos arquivos da cidade, nas próprias casas dos alunos ou ainda na
memória popular.
Assim, uma coisa é falar que a “Revolução
de 1932”, por exemplo, aconteceu por causa do governo ditatorial de Vargas
(enfocando a esfera estadual ou federal); outra é revelar que o sr. Arlindo
Ribeiro é o único sobrevivente de Barretos que lutou como soldado
constitucionalista nesta revolta do país. Desta maneira, algum aluno pode
recordar que este personagem pode ser seu vizinho ou conhecido, ou ainda ter
saído na primeira capa de um jornal local, ter recebido uma homenagem, etc, e
assim passa a se interessar mais pelo assunto e se inteirar do contexto
histórico.
Este é um dos inúmeros exemplos dentro da
História Local que podem ser tratados na sala de aula desde o Ensino
Fundamental ao Ensino Médio. Para o aluno, perceber que a sua cidade, seu
bairro, sua família e ele mesmo fazem parte da História é algo incrível!
Principalmente, se essa História pode ser composta por fontes guardadas bem
perto deles, e passíveis de serem analisadas por eles, como um texto
jornalístico, uma peça histórica do Museu “Ruy Menezes”, um álbum comemorativo,
uma foto painél, e tantas outras fontes que compõem a nossa história. Que o
local cada vez mais seja visível na sala de aula, e torne vivo ainda mais o
passado!
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