Barretos é uma cidade centenária, e
por isso repleta de aspectos históricos a serem revelados e estudados por seus
cidadãos. Ao longo de sua trajetória, a história da cidade foi não só
vivenciada, mas também registrada por seus habitantes. Viver a história não
significa obrigatoriamente ter de escrevê-la, mas ao registrá-la seu escritor
nos possibilita a vivência de um passado que até então não faríamos parte. Eis,
portanto, a importância dos escritores da História!
Diante os estudos históricos de
Barretos, um dos personagens que mais contribuiu para o registro da história
local foi Osório Faleiros da Rocha. Este, além de ter publicado livros como
“Barretos de Outrora”, “Reminiscências” e “Esboços” (sendo os dois últimos publicações
póstumas de suas memórias), contribuiu também na preservação de registros sobre
a história da cidade; uma vez que seus escritos hoje são fontes para os novos
historiadores.
Sua contribuição à história local
dá-se principalmente pelo fato de os registros mais antigos sobre Barretos,
desde o final do século XIX ao XX, ser de autoria dele. Osório Rocha teve o
cuidado de deixar registrados dados que ele colheu em entrevistas, análises de
documentos cartoriais e jornais. Sendo a maior prova disso o documento intitulado
por ele como “Cisalhas”; então acervo do nosso Museu “Ruy Menezes”.
Osório Rocha nasceu em Patrocínio do
Sapucaí em 17 de março de 1885. Logo, foi morar em Franca, onde atuou na
imprensa e no comércio. Já em Barretos, dedicou-se às atividades de advogado e
jornalista, sendo então conhecido nos ramos da oratória, poesia, publicidade,
pintura e composição. Foi compositor da letra do Hino de Barretos e do Hino do
Tiro de Guerra 512; além de outras publicações em conferências como a “Flores
de Laranjeiras” (1935) realizada no Grêmio Literário. Além disso, sua principal
atuação foi como jornalista, função que exerceu por mais de seis décadas, posto
que ao longo do século XX, vários jornais barretenses possuem artigos de sua
autoria.
Faleceu em 1976; e ainda hoje é patrono da
cadeira nº 16 da ABC.
Um comentário:
Obrigada por sua publicação sobre Osorio Rocha. No livro Barretos de Outrora ele faz referência ao meu bisavô paterno, Joaquim Francisco de Souza Ângelo, o qual muito fez por Igarapava e Barretos. Gratidão
Postar um comentário