ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª ESP. KARLA O. ARMANI, EM SETEMBRO DE 2013, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS"
O feriado da Independência do
Brasil, 7 de setembro, se aproxima. Completa nesta data 191 anos de seu feito,
e ainda desperta nos brasileiros um certo civismo e patriotismo. Figuras como
Dom Pedro I, José do Patrocínio, expressões como “Independência ou Morte” e
“margens do Ipiranga” são ícones que certamente serão lembrados durante esta
semana para se refletir um pouco sobre a nossa Independência. Uma data como
essa não necessita ser usada como um “dia de glória”, mas pode ser lembrada
para reflexões, críticas e discussões a respeito da independência.
Acontece que, um dos grandes
problemas a se discutir a “independência do Brasil” é sempre o mesmo: o fato de
intuirmos que a mesma aconteceu a partir do dia 7 de setembro de 1822 e foi
fruto da vontade do então príncipe regente lusitano, Pedro de Alcântara. Aqui,
portanto, cabe uma reflexão.
A independência brasileira, de fato proclamada
a partir de 1822, quando o Brasil passa a ser desvinculado do Pacto Colonial
que o prendia à metrópole portuguesa, foi fruto de um processo, e não repentina.
Diz a maioria dos historiadores brasileiros que a independência já podia ser
sentida em movimentos como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana. Além
destes o acontecimento que ofereceu mais ênfase a este processo foi a vinda da
família real e a corte portuguesa ao Brasil em 1808.
A partir do momento que Dom João VI
e toda a corte lusitana chegam aos portos brasileiros, são tomadas uma série de
atitudes que afrouxam os laços coloniais. Três exemplos são primordiais neste
sentido: a abertura dos portos ao comércio com a Inglaterra (perdeu-se a
exclusividade do comércio português), a liberação das manufaturas no Brasil e a
extinção do título “colônia” do Brasil – que passa a ser “Reino Unido de
Portugal, Brasil e Algarves”. Tendências que levariam à proclamação da
independência.
Independência proclamada e não
conquistada. A figura de Pedro I entra em evidência por ter sido ele o membro
da família real que guiou a independência de modo que pelo menos o domínio
monárquico permanecesse e o Brasil não se fragmentasse em várias repúblicas
como aconteceu com a América Espanhola. Pensemos.
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