quarta-feira, 25 de abril de 2018

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL: UM PROCESSO




ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª ESP. KARLA O. ARMANI, EM SETEMBRO DE 2013, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS"

            O feriado da Independência do Brasil, 7 de setembro, se aproxima. Completa nesta data 191 anos de seu feito, e ainda desperta nos brasileiros um certo civismo e patriotismo. Figuras como Dom Pedro I, José do Patrocínio, expressões como “Independência ou Morte” e “margens do Ipiranga” são ícones que certamente serão lembrados durante esta semana para se refletir um pouco sobre a nossa Independência. Uma data como essa não necessita ser usada como um “dia de glória”, mas pode ser lembrada para reflexões, críticas e discussões a respeito da independência.
            Acontece que, um dos grandes problemas a se discutir a “independência do Brasil” é sempre o mesmo: o fato de intuirmos que a mesma aconteceu a partir do dia 7 de setembro de 1822 e foi fruto da vontade do então príncipe regente lusitano, Pedro de Alcântara. Aqui, portanto, cabe uma reflexão.
            A independência brasileira, de fato proclamada a partir de 1822, quando o Brasil passa a ser desvinculado do Pacto Colonial que o prendia à metrópole portuguesa, foi fruto de um processo, e não repentina. Diz a maioria dos historiadores brasileiros que a independência já podia ser sentida em movimentos como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana. Além destes o acontecimento que ofereceu mais ênfase a este processo foi a vinda da família real e a corte portuguesa ao Brasil em 1808.
            A partir do momento que Dom João VI e toda a corte lusitana chegam aos portos brasileiros, são tomadas uma série de atitudes que afrouxam os laços coloniais. Três exemplos são primordiais neste sentido: a abertura dos portos ao comércio com a Inglaterra (perdeu-se a exclusividade do comércio português), a liberação das manufaturas no Brasil e a extinção do título “colônia” do Brasil – que passa a ser “Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves”. Tendências que levariam à proclamação da independência.
            Independência proclamada e não conquistada. A figura de Pedro I entra em evidência por ter sido ele o membro da família real que guiou a independência de modo que pelo menos o domínio monárquico permanecesse e o Brasil não se fragmentasse em várias repúblicas como aconteceu com a América Espanhola. Pensemos.


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