sábado, 28 de abril de 2018

MENOTTI DEL PICCHIA EM BARRETOS (PARTE I)

ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª ESP. KARLA O. ARMANI, EM  JUNHO DE 2015, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" 


            Era o ano de 1943 quando a cidade de Barretos recebeu um dos maiores intelectuais e poetas brasileiros, o renomado sr. Menotti del Picchia. Durante a primeira metade do século XX, este escritor paulista fez parte de grandiosos projetos da literatura, artes e cultura brasileiras; principalmente o “Modernismo”. Deste modo, uma cidade pequena como Barretos dos anos 40, receber uma figura deste valor, é de fato digno de nota pela História e também de admiração.
            Chamava-se Paulo Menotti del Picchia, era paulistano, nascido em 1892; faleceu em 1988. Ao longo de sua trajetória intelectual, fora poeta, jornalista, político, romancista, contista, cronista e ensaísta. Com o dom da escrita, fundou e colaborou em diversos jornais de São Paulo e demais cidades paulistas. Como a maioria dos intelectuais paulistas, cursou Direito na Faculdade de Direito de São Paulo do Largo São Francisco.
Neste período, ficou conhecido por seu poema “Juca Mulato” de 1917. Tal poema fora considerado precursor do movimento “Modernista” em sua fase nacionalista, dizia-se que era um “poema nacional”. Como integrante deste movimento que visava sobretudo criar novos rumos para as artes e literatura genuinamente brasileiras, Picchia fez parte da consagrada “Semana de Arte Moderna de 1922”, junto com outros nomes brilhantes como Graça Aranha, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e outros. Na mesma década de 1920, realizou junto a ativistas como Plínio Salgado o “Movimento Verdeamarelo”, e também chefiou o movimento cultural da Bandeira (percebe-se isso por suas obras publicadas como a crônica “O Despertar de São Paulo”, e a monografia: “A Revolução Paulista - 1932”). No mesmo ano que visitou Barretos, 1943, tornou-se membro da tradicional Academia Brasileira de Letras – ABL.
Depois de apresentadas algumas das honras intelectuais de Menotti del Picchia, fica compreensível a necessidade de registrarmos sua passagem na cidade; uma Barretos que apreciava deveras a literatura e a cultura letrada. Sua vinda à cidade foi registrada em grande estilo em palestra que ele realizou no Grêmio Literário. Para saber mais detalhes a respeito, publicaremos novo artigo na próxima edição da semana que vem.

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