sábado, 28 de abril de 2018

Enciclopédia: de antigamente

ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª ESP. KARLA O. ARMANI, EM  SETEMBRO DE 2015, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" 


            Antigamente, tínhamos o costume de irmos às bibliotecas municipais ou das escolas e recorrer a enciclopédia para tirar dúvidas e fazer pesquisas de trabalhos escolares. Pode soar estranho ao leitor o advérbio “antigamente”, pois vários de nós cultivamos este hábito somente há algumas décadas atrás. Acontece que, a enciclopédia como plataforma de pesquisa já é considerada obsoleta na prática escolar e cotidiana da grande maioria dos jovens, que, além de nem conhecerem aquelas enormes coleções de "livrões", já adquiriram como suporte de pesquisa algo mais tecnológico: o smartphone.
            A primeira enciclopédia surgiu em 1772 a partir da publicação de 33 volumes escritos por vários colaboradores e organizados pelos pensadores Diderot e D’Alembert. Naquele conflituoso século XVIII vivia-se o movimento intelectual do Iluminismo, o qual pensadores franceses publicavam obras consideradas “revolucionárias” ao defenderem questões políticas como a liberdade e a soberania popular e aspectos do conhecimento “esclarecido”, ou seja, aquele baseado na razão (em contraponto com o religioso). Desta maneira, a enciclopédia tinha a pretensão de reunir todo o “conhecimento universal”, científico e empírico, baseado na razão, técnica e experimentação. E é justamente por manter este rótulo de “universal”, que, ao longo dos séculos, as enciclopédias tinham a necessidade de ser atualizadas e sofriam críticas por esses e outros motivos.
            Com o advento da internet, a busca pelas enciclopédias diminuíram ao longo dos anos, visto que a agilidade e o rápido acesso se tornaram aliados fundamentais aos pesquisadores e jovens alunos em seus trabalhos escolares. Fato que evoluiu ainda mais com o lançamento do smartphone como novo programa de pesquisa rápido e atualizado, em que, consultando seu próprio celular as pessoas se deparam com resultados instantâneos; que obviamente precisam ser filtrados. Deste modo, é interessante notarmos a evolução das plataformas de pesquisas gerais disponíveis a pesquisadores comuns ao longo do tempo, as quais mudam-se o suporte de leitura (de papel à telas touch), o tamanho e a desenvoltura dos textos, mas a busca pelo conhecimento se mantém seja no revolucionário século XVIII ou no ousado século XXI.

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