ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª ESP. KARLA O. ARMANI, EM SETEMBRO DE 2015, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS"
Antigamente, tínhamos o costume de irmos às bibliotecas
municipais ou das escolas e recorrer a enciclopédia para tirar dúvidas e fazer
pesquisas de trabalhos escolares. Pode soar estranho ao leitor o advérbio
“antigamente”, pois vários de nós cultivamos este hábito somente há algumas
décadas atrás. Acontece que, a enciclopédia como plataforma de pesquisa já é
considerada obsoleta na prática escolar e cotidiana da grande maioria dos
jovens, que, além de nem conhecerem aquelas enormes coleções de
"livrões", já adquiriram como suporte de pesquisa algo mais
tecnológico: o smartphone.
A primeira enciclopédia surgiu em 1772 a partir da
publicação de 33 volumes escritos por vários colaboradores e organizados pelos
pensadores Diderot e D’Alembert. Naquele conflituoso século XVIII vivia-se o
movimento intelectual do Iluminismo, o qual pensadores franceses publicavam
obras consideradas “revolucionárias” ao defenderem questões políticas como a
liberdade e a soberania popular e aspectos do conhecimento “esclarecido”, ou
seja, aquele baseado na razão (em contraponto com o religioso). Desta maneira,
a enciclopédia tinha a pretensão de reunir todo o “conhecimento universal”,
científico e empírico, baseado na razão, técnica e experimentação. E é
justamente por manter este rótulo de “universal”, que, ao longo dos séculos, as
enciclopédias tinham a necessidade de ser atualizadas e sofriam críticas por
esses e outros motivos.
Com o advento da internet, a busca pelas enciclopédias
diminuíram ao longo dos anos, visto que a agilidade e o rápido acesso se
tornaram aliados fundamentais aos pesquisadores e jovens alunos em seus
trabalhos escolares. Fato que evoluiu ainda mais com o lançamento do smartphone como novo programa de
pesquisa rápido e atualizado, em que, consultando seu próprio celular as
pessoas se deparam com resultados instantâneos; que obviamente precisam ser
filtrados. Deste modo, é interessante notarmos a evolução das plataformas de
pesquisas gerais disponíveis a pesquisadores comuns ao longo do tempo, as quais
mudam-se o suporte de leitura (de papel à telas touch), o tamanho e a desenvoltura dos textos, mas a busca pelo
conhecimento se mantém seja no revolucionário século XVIII ou no ousado século
XXI.
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