sábado, 28 de abril de 2018

MENOTTI DEL PICCHIA EM BARRETOS (PARTE II)

ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª ESP. KARLA O. ARMANI, EM  JUNHO DE 2015, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" 


            Na semana passada, iniciamos uma prosa a respeito do renomado escritor Menotti del Picchia e sua visita a Barretos no ano de 1943. Depois de apresentada parte de sua trajetória intelectual, vamos nos dedicar a reviver os momentos que ele passou nesta terra.
            O jornal Correio de Barretos, em 17/1/1943 (p. 1), anunciava com entusiasmo a notícia da chegada do escritor no dia anterior a Barretos. Dizia-se que ele fora recepcionado por autoridades na Estação da Paulista. À convite do dr. Sandoval Coimbra, o poeta se hospedou em sua casa, após sua palestra no dia 16 no Grêmio Literário - onde a população barretense compareceu em peso.
            Picchia, em seu próprio punho, deixou registrado no livro de visitantes do Grêmio Literário suas e impressões sobre Barretos, onde ficara encantado com o campo de aviação: “Fundas e constantes ficarão no meu espírito as impressões que me deixaram a cidade e o povo de Barretos. Neste Gremio tive a alegria de travar conhecimento íntimo dada a explendida cultura de sua gente. No campo de aviação deste grande entreposto, em que se jugam diariamente fortunas, descobrir a maior vocação dos barretenses: a ancia do voô... É isso que caracteriza o povo de Barretos: um desejo constante da ascenção, para maior grandeza de São Paulo e do Brasil. Janeiro de 1943, Menotti del Picchia” (p. 10, Livro do Grêmio).
            Na época, um dos admiradores da obra de Picchia em Barretos, o médico dr. Geremaro Manhães, em artigo no jornal “Correio de Barretos” de 21/2/1943 (p. 2), escreve sobre o tema da palestra do escritor no Grêmio: “Como os homens amam”. Com este tema, através de um crítica literária, Picchia perpassou diversas obras literárias e históricas afim de refletir sobre o amor por meio da imaginação de grandes artistas. Citou clássicos como “Romeu e Julieta”, “Paulo e Virgínia”, e personagens de livros conhecidos como Cirano de Bergerac e Roxane, Werter, Tristão e Isolda, Des Grieux e Manon. Além disso, abordou outras formas de amor como Dom Quixote, o Barbeiro de Sevilha, e romances como “Inocência” de Taunay e “Capitu” de Machado de Assis.
            O “amor”, refletido por ninguém mais que Menotti del Picchia em Barretos; eis um revelador momento histórico!

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