ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª ESP. KARLA O. ARMANI, EM JUNHO DE 2015, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS"
Na semana passada, iniciamos uma prosa a respeito do
renomado escritor Menotti del Picchia e sua visita a Barretos no ano de 1943.
Depois de apresentada parte de sua trajetória intelectual, vamos nos dedicar a
reviver os momentos que ele passou nesta terra.
O jornal Correio de Barretos, em 17/1/1943 (p. 1),
anunciava com entusiasmo a notícia da chegada do escritor no dia anterior a
Barretos. Dizia-se que ele fora recepcionado por autoridades na Estação da
Paulista. À convite do dr. Sandoval Coimbra, o poeta se hospedou em sua casa,
após sua palestra no dia 16 no Grêmio Literário - onde a população barretense
compareceu em peso.
Picchia, em seu próprio punho, deixou registrado no livro
de visitantes do Grêmio Literário suas e impressões sobre Barretos, onde ficara
encantado com o campo de aviação: “Fundas
e constantes ficarão no meu espírito as impressões que me deixaram a cidade e o
povo de Barretos. Neste Gremio tive a alegria de travar conhecimento íntimo
dada a explendida cultura de sua gente. No campo de aviação deste grande
entreposto, em que se jugam diariamente fortunas, descobrir a maior vocação dos
barretenses: a ancia do voô... É isso que caracteriza o povo de Barretos: um
desejo constante da ascenção, para maior grandeza de São Paulo e do Brasil.
Janeiro de 1943, Menotti del Picchia” (p. 10, Livro do Grêmio).
Na época, um dos admiradores da obra de Picchia em
Barretos, o médico dr. Geremaro Manhães, em artigo no jornal “Correio de
Barretos” de 21/2/1943 (p. 2), escreve sobre o tema da palestra do escritor no
Grêmio: “Como os homens amam”. Com este tema, através de um crítica literária,
Picchia perpassou diversas obras literárias e históricas afim de refletir sobre
o amor por meio da imaginação de grandes artistas. Citou clássicos como “Romeu
e Julieta”, “Paulo e Virgínia”, e personagens de livros conhecidos como Cirano
de Bergerac e Roxane, Werter, Tristão e Isolda, Des Grieux e Manon. Além disso,
abordou outras formas de amor como Dom Quixote, o Barbeiro de Sevilha, e
romances como “Inocência” de Taunay e “Capitu” de Machado de Assis.
O “amor”, refletido por ninguém mais que Menotti del
Picchia em Barretos; eis um revelador momento histórico!
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