ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª ESP. KARLA O. ARMANI, EM AGOSTO DE 2013, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS"
“Saio da vida para entrar na história...”
As palavras acima fazem parte de um
dos documentos mais conhecidos da História do Brasil: a carta testamento do
Presidente Getúlio Dorneles Vargas, morto em 24 de agosto de 1954. Depois de
seu suicídio, Vargas conseguiu ficar mais famoso do que quando era presidente,
ele realmente alcançou o êxito de “entrar para história”.
Até os dias de hoje a figura deste
ex-presidente é popular, inclusive por parte dos próprios alunos, uma vez que a
maioria deles já possui um conhecimento prévio sobre o mesmo. Isto porque as
pessoas mais antigas que convivem com estes jovens possuem memórias que são
compartilhadas entre família; lembranças que geralmente conduzem à imagem de um
presidente popular, “pai dos pobres”, “protetor dos trabalhadores”.
Tais cunhagens ficaram muito
conhecidas por causa de certos feitos do presidente Vargas, que foram notados
principalmente em seu governo constitucional (1934-1937) e em seu governo
populista (1951-1954). Foi naquele primeiro período que ele criou a Constituição
que garantia o voto secreto e universal e as famosas leis trabalhistas. Sendo
seu governo da década de 50 o período da criação da Petrobrás, uma das
principais instituições de impulso econômico que o país até hoje possui.
Acontece que, existiram dois
períodos ditatoriais que Getúlio governou e que muitas pessoas não se lembram.
Foram eles: o governo provisório de 1930 a 1934 - quando foi instaurado um
golpe de Estado depondo o presidente eleito, o paulista Julio Prestes, e que
estourou a Revolução Constitucionalista; e o Estado-Novo de 1937 a 1945
– em que propôs um projeto político de governo autoritário corporativista, de
inspiração fascista, tendo para isso uma polícia política específica e meios de
propaganda que cultuavam a imagem do único chefe da nação brasileira.
É por tantos períodos de governo
diferenciados que Vargas “entrou para história”; não como um mito que deve ser
cultuado, mas como uma figura que merece ser estudada por sua interessante
passagem na história do Brasil, pois foi o presidente da República que por mais
tempo governou nosso país.
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