ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª ESP. KARLA O. ARMANI, EM SETEMBRO DE 2015, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS"
Este é um texto de opinião e indignação. Sobretudo, de
desabafo.
Nos
últimos tempos, o assunto da “crise econômica” no Brasil e o aumento de
impostos está sempre em pauta. Que o Brasil está passando por uma crise,
obviamente motivada por fatores iniciados há anos, e que o atual governo
federal precisa fazer algo para saná-la, é fato. Os brasileiros já estavam
esperando que o “sanar” da crise fosse corte de gastos de governo e aumento de
impostos; fatores que são diretamente ligados a vida de cada um de nós. Porém,
existe um outro problema e que muitas vezes nos passa despercebido: a crise
política entre o atual governo do Planalto e o Congresso Nacional.
Nesta semana, a presidência anunciou a proposta de
retomada do imposto sob transações financeiras, para sanar parte da crise e
mover dinheiro para a previdência. No entanto, tal medida deve ainda ser aprovada
pelo Congresso Nacional. Acontece que, para aprová-la, foi divulgado em mídias
jornalísticas que o Executivo chegaria a propor o aumento da alíquota de tal
imposto afim de que uma parte fosse destinada aos estados, na intenção de que
os governadores apoiassem tal aprovação e ajudassem a “convencer” o Congresso.
Ou seja, o aumento da alíquota seria mais para conseguir aprovação dos
deputados e senadores do que para a crise em si. Dentro desta atitude, fica a
pergunta: o Planalto e o Congresso não se entendem e quem é que paga por isso?
Os brasileiros! Aqueles que bem ou mal poderão ter o imposto maior devido a
pura politicagem.
O que os políticos brasileiros precisam entender é que
eles representam em primeira instância o povo (quem os elegem), e não o seu
partido. Eles precisam ou não aprovar o aumento dos impostos se for bom ou não
para a economia brasileira, e o Planalto precisa propor medidas reais e não
pensando em reação da oposição. Aos que lá estão, sempre a resposta é a mesma:
“política funciona assim mesmo”, “para conseguir aprovação é necessário
barganhar”. Frases que mostram como o atual pensamento político brasileiro é
muito mais voltado ao partidarismo do que ao povo em si. Lastimável.
A crise entre Planalto e Congresso existe, e pior que ela
é a divulgação de notícias como a “barganha política” sendo lançada
normalmente, como se fosse natural o Congresso depender do apoio dos
governadores e o Executivo aumentar alíquotas de impostos somente por isso. Bom
senso e a velha política do bem comum, e não partidária, é que está faltando ao
nosso Executivo e Legislativo. Executem e legislem, literalmente!
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