ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª ESP. KARLA O. ARMANI, EM SETEMBRO DE 2015, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS"
Em tempos o nosso Museu “Ruy Menezes” recebe visitas de
jovens alunos barretenses, que, ao subirem as escadas do Palácio das Águias,
não possuem a dimensão do que podem vir a encontrar. Em seu tamanho original,
de paredes, tetos e pisos históricos, o Museu oferece aos educandos uma
verdadeira aula de História, não só de contemplação, como também de reflexão.
Recentemente, tive a oportunidade de concretizar essa experiência com meus
próprios alunos. Foi mágico.
Diante de tantas peças históricas, organizadas em temas e
períodos, poderíamos destacar um ou mais assuntos específicos da história do
país e da cidade, de modo que os alunos tenham a chance de (re)conhecerem
naquelas prateleiras a praticidade do livro didático e como o passado está
muito mais próximo do que podemos imaginar.
Dentre tantos temas históricos, os que geralmente chamam
mais atenção dos alunos são os conflitos civis e militares; em essencial
aqueles do século XX como a Revolução Constitucionalista de 1932 e a Segunda
Guerra Mundial. Ao chegarem no Museu, os alunos somente possuem as referências
destes conflitos a nível nacional, e mal sabem que a própria cidade em que
vivem protagonizou interessantes fatos dessa época e cultivou memórias de
personagens reais.
Ao se deparar com a estante da Revolução de 1932, os
alunos passam a conhecer a curiosa passagem de João Batista da Rocha no Rio
Grande por meio de seu velho capacete. Outras peças revelam personagens como a
Dona Fiúca, os 52 de Olímpia, Osório Rocha e tantas outras histórias. Já a 2ª
Guerra, em sua estante fechada de madeira, faz qualquer jovem curioso se
apaixonar por aqueles quatro capacetes de guerra (alemão, italiano, inglês e
americano), além do desejo em ver de perto as armas, uniformes, projeteis e
símbolos. E são essas peças que dão oportunidade aos alunos de conhecerem
figuras como o saudoso Bezerrinha e heróis ainda presentes como o sr. Arlindo
Ribeiro e Mario Lemos Ferraz.
É no Museu que teoria e prática se encontram, educação e
cultura se complementam, Barretos e Brasil fazem história e o passado e
presente se despertam.
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