sábado, 28 de abril de 2018

O Museu e aulas de História


ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª ESP. KARLA O. ARMANI, EM  SETEMBRO DE 2015, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS" 

            Em tempos o nosso Museu “Ruy Menezes” recebe visitas de jovens alunos barretenses, que, ao subirem as escadas do Palácio das Águias, não possuem a dimensão do que podem vir a encontrar. Em seu tamanho original, de paredes, tetos e pisos históricos, o Museu oferece aos educandos uma verdadeira aula de História, não só de contemplação, como também de reflexão. Recentemente, tive a oportunidade de concretizar essa experiência com meus próprios alunos. Foi mágico.
            Diante de tantas peças históricas, organizadas em temas e períodos, poderíamos destacar um ou mais assuntos específicos da história do país e da cidade, de modo que os alunos tenham a chance de (re)conhecerem naquelas prateleiras a praticidade do livro didático e como o passado está muito mais próximo do que podemos imaginar.
            Dentre tantos temas históricos, os que geralmente chamam mais atenção dos alunos são os conflitos civis e militares; em essencial aqueles do século XX como a Revolução Constitucionalista de 1932 e a Segunda Guerra Mundial. Ao chegarem no Museu, os alunos somente possuem as referências destes conflitos a nível nacional, e mal sabem que a própria cidade em que vivem protagonizou interessantes fatos dessa época e cultivou memórias de personagens reais.
            Ao se deparar com a estante da Revolução de 1932, os alunos passam a conhecer a curiosa passagem de João Batista da Rocha no Rio Grande por meio de seu velho capacete. Outras peças revelam personagens como a Dona Fiúca, os 52 de Olímpia, Osório Rocha e tantas outras histórias. Já a 2ª Guerra, em sua estante fechada de madeira, faz qualquer jovem curioso se apaixonar por aqueles quatro capacetes de guerra (alemão, italiano, inglês e americano), além do desejo em ver de perto as armas, uniformes, projeteis e símbolos. E são essas peças que dão oportunidade aos alunos de conhecerem figuras como o saudoso Bezerrinha e heróis ainda presentes como o sr. Arlindo Ribeiro e Mario Lemos Ferraz.
            É no Museu que teoria e prática se encontram, educação e cultura se complementam, Barretos e Brasil fazem história e o passado e presente se despertam.

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