Na semana passada, escrevemos um artigo
falando a respeito dos trabalhadores por conta da comemoração do Dia
Internacional do Trabalho, 1º de maio. Foi demonstrado que dentre as categorias
do trabalhadores, os “operários” ganharam espaço nos livros-didáticos de
História, por conta de suas lutas, resistências e conquistas dentro do mundo do
trabalho desde a era industrial.
Neste ínterim, dissemos que os operários
são comumente citados nos livros de História em pelo menos quatro momentos
desde o século XIX. Depois de destacado os dois primeiros momentos – a saber
Primeira e Segunda Revolução Industrial – partiremos então para os outros dois.
O terceiro momento que os livros falam
sobre os operários é a partir da publicação de o “Manifesto Comunista” de Karl
Marx, 1848, em que pela primeira vez é exposta a ideia de consciência de classe
por parte dos operários e a superação da exploração e tomada de poder pela
Revolução Socialista. Foi a partir desta publicação, que ondas de trabalhadores
começaram a se organizar, principalmente na França, Inglaterra e Alemanha, e
inclusive chegaram a tomar o poder; como ocorreu na Comuna de Paris em 1871.
O outro momento em que são estudados os
operários é no Brasil, na época da transição da economia cafeeira para a
industrial. Foi a partir deste período, em que muitos imigrantes italianos,
portugueses, alemães e espanhóis emigraram de seus países rumo ao Brasil, e
alguns deles tornaram-se operários. Como vieram da Europa, muitos já
trabalhadores em fábricas e munidos dos ideais socialistas, comunistas e
anarquistas, foram eles os responsáveis pelos primeiros movimentos grevistas no
Brasil do século XX; em especial a Greve Geral de 1917 na Fábrica Crespi de São
Paulo.
Por fim, os operários, assim como
outras categorias de trabalhadores, por conta de suas expressividades
(resistência, organização e lutas) ao longo do tempo, se fazem presente na
História, no presente, nos livros e nas comemorações como foi o 1º de maio.
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