PERSONAGEM DA HISTÓRIA BARRETENSE: JERÔNIMO S. BARCELLOS

  ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª ESP. KARLA O. ARMANI, EM JUNHO DE 2013, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS"

            Escrever sobre a história de Barretos é sempre falar de instituições, fatos, processos, períodos, datas, e principalmente os personagens – aqueles que humanizam a ciência histórica. E Barretos têm muitos personagens, com histórias de vidas e acontecimentos incríveis que devem sempre ser lembrados na atualidade. Talvez a melhor maneira de expor tais personagens seja a apresentação de partes de suas biografias, uma vez que isto nos permite ver aspectos exclusivos de uma dada época e curiosidades a respeito de nossa própria cidade.

            Neste sentido, hoje proponho revistarmos parte da biografia de um ex-prefeito de Barretos, nos anos 1930, cujo passado é interessante ao estudo da política local. Trata-se do sr. Jerônimo Serafim Barcellos (meu patrono na ABC, cadeira 7).

            Jerônimo nasceu em Laranjeiras, então distrito de Barretos, em 30 de setembro de 1891. Nos primeiros anos do século XX, já em Barretos, cursou o primário e foi nomeado escrevente do 1º ofício (aos 17 anos). Depois foi estudar respectivamente em Jundiaí-SP e no Rio de Janeiro, onde formou-se “engenheiro geógrafo”; voltando a Barretos em 1924. No ano seguinte, casou-se com dona Mariana dos Santos Serafim Barcellos (dona Matoca), tendo o casal três filhas: Maria Alves, Julia e Maria Aparecida; além da sobrinha Florência. Na década de 1930, foi prefeito de Barretos por três vezes (1930-34-36), função que se destacou por ter proporcionado medidas urbanas e técnicas à cidade, mas também que o desafiou muito, uma vez que chegou a levar um tiro por defender um partidário e amigo em 1937.

            Apesar de ter sido um conhecido político, atuou na cultura por intermédio dos jornais; posto que colaborou com diversas folhas em Barretos e em outras cidades que passou. Em 1936 fundou o “Correio de Barretos” (3ª fase), colaborando até 1943, quando mudou-se para São Paulo; ficando lá por três décadas. Humor era uma característica de seus textos, assim como o gosto em escrever sobre o tempo passado e as lembranças que ainda viviam em sua mente. Faleceu em Barretos, em 15/12/1975.

Fonte: “As Histórias de Jerônimo”, publicação da ABC.