quarta-feira, 25 de abril de 2018

A CANÇÃO DA REVOLUÇÃO DE 1932


  ARTIGO PUBLICADO PELA PROFª ESP. KARLA O. ARMANI, EM JULHO DE 2013, NO JORNAL "O DIÁRIO DE BARRETOS"

“Brasil, confia em teus soldados, que entram em forma sem vacilar / de fronte erguida, sempre alentados e preparados para lutar! / Ouvi, soldados! Rufam os tambores, os clarins tocam reunir / a Pátria chama seus defensores, atiradores, sabei agir!”
            A letra acima é de autoria de Osório Rocha e foi escrita como parte integrante do Hino do Tiro de Guerra 512 de Barretos no início do século XX. Esta primeira estrofe já evidencia o caráter patriótico da época, ainda mais enaltecido pela figura do soldado e pela instituição do Tiro de Guerra, que naquele período representavam o slogan de “defesa da nação”.
            Acontece que, o Hino do Tiro de Guerra 512 de Barretos foi usado em outro momento da nossa história e ficou muito marcado por isso. Foi durante a Revolução Constitucionalista de 1932 que os soldados barretenses entoavam este hino como uma referência ao patriotismo e a causa paulista que eles diziam defender.
Sobre isso, a obra “Descobrindo Barretos: 1854-2012” ressalta a seguinte curiosidade: “No ano de 1942, o famoso compositor do Rio de Janeiro Larmartine Babo, durante um programa na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, teceu comentários sobre algumas músicas e tocou a música do Hino do Tiro de guerra 512 de Barretos, considerada como uma das marchas cantadas pelos revolucionários paulistas. A respeito dos compositores, ele disse ser de autoria desconhecida. A imprensa barretense, por sua vez, logo publicou uma matéria para enaltecer os compositores de Barretos: Marcelo Tupinambá (melodia) e Osório Rocha (letra)” (p. 109).
            Deste modo, vê-se que por mais que a Revolução Constitucionalista de 1932 fosse um momento de conflitos e reinvindicações políticas dentro da história paulista, também existiram aspectos culturais sendo enaltecidos durante a revolta; como é o caso do Hino do TG. Nesta terça-feira que se aproxima serão completados 81 anos do início da Revolução de 1932 que marcou tanto a história de São Paulo, bem como a memória de Barretos.


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