“Brasil,
confia em teus soldados, que entram em forma sem vacilar / de fronte erguida,
sempre alentados e preparados para lutar! / Ouvi, soldados! Rufam os tambores,
os clarins tocam reunir / a Pátria chama seus defensores, atiradores, sabei
agir!”
A letra acima é de autoria de Osório
Rocha e foi escrita como parte integrante do Hino do Tiro de Guerra 512 de
Barretos no início do século XX. Esta primeira estrofe já evidencia o caráter
patriótico da época, ainda mais enaltecido pela figura do soldado e pela
instituição do Tiro de Guerra, que naquele período representavam o slogan de
“defesa da nação”.
Acontece que, o Hino do Tiro de
Guerra 512 de Barretos foi usado em outro momento da nossa história e ficou
muito marcado por isso. Foi durante a Revolução Constitucionalista de 1932 que
os soldados barretenses entoavam este hino como uma referência ao patriotismo e
a causa paulista que eles diziam defender.
Sobre isso, a obra “Descobrindo Barretos:
1854-2012” ressalta a seguinte curiosidade: “No
ano de 1942, o famoso compositor do Rio de Janeiro Larmartine Babo, durante um
programa na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, teceu comentários sobre algumas
músicas e tocou a música do Hino do Tiro de guerra 512 de Barretos, considerada
como uma das marchas cantadas pelos revolucionários paulistas. A respeito dos
compositores, ele disse ser de autoria desconhecida. A imprensa barretense, por
sua vez, logo publicou uma matéria para enaltecer os compositores de Barretos:
Marcelo Tupinambá (melodia) e Osório Rocha (letra)” (p. 109).
Deste modo, vê-se que por mais que a
Revolução Constitucionalista de 1932 fosse um momento de conflitos e
reinvindicações políticas dentro da história paulista, também existiram
aspectos culturais sendo enaltecidos durante a revolta; como é o caso do Hino
do TG. Nesta terça-feira que se aproxima serão completados 81 anos do início da
Revolução de 1932 que marcou tanto a história de São Paulo, bem como a memória
de Barretos.
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